Nesse especial de início de ano, propus atrever-me a escrever sobre a
esposa do pastor. Tive a felicidade de passar por cinco pastores nesses 22 anos
de caminhada cristã, e daí tirei muitas observações e experiência para meu
ministério que ora se inicia.
Objeto desse artigo é uma breve ideia dos mesmos princípios basilares da
edificação de uma família, que por vezes inclusive no texto de Efésios é
comparada a linda igreja de Cristo.
Nosso Deus ao chamar o homem ao santo ministério chama também a família,
chama a esposa. A construção e manutenção da primeira casa, que é o primeiro núcleo
de um ministério próspero, onde o coração na obra de Deus é a chama que vai
construir e manter o foco em fazer a vontade daquele que os chamou.
Apesar de ser chamada (lembramos da posição do cônjuge tanto homem, como
mulheres ao ministério), a um papel diferente ao do esposo, é um chamado
diferenciado, em virtude da influencia que ela pode exercer sobre o andamento
do ministério do seu cônjuge.
1 – Cuida do marido
em casa e na igreja:
Não é trata-lo como filho querido, preferido, mas é cuidar do que é
dele.
Agendas, reuniões, roupas, alimentação, saúde física/espiritual e até os modos de falar e sentar...
Tem muitos homens que podíamos dizer serem verdadeiramente homens de
Deus, mas que caíram em pecado, porque em algum momento a esposa deixou de
cuidar do que era dela...
Saiba como é e funcionam as reuniões, seminários de treinamentos,
congressos e principalmente os gabinetes de aconselhamento familiar. Quando
possível e necessário, não hesite em acompanha-lo.
Há ministérios que em um espaço curto de tempo vai ao fracasso por falta
de sabedoria e compreensão do chamado auxiliar pastoral de tempo integral em
casa e na igreja.
2 - Cuidando dos
horários:
Participar da vida ministerial do
cônjuge é essencial em tempo de correria. Não falamos de vigilância do “FBI” ou
coisas semelhantes, falamos de dá importância de maneira participar ativamente
do ministério do seu marido, como sabendo aonde vai, que horas retorna e com
quem estarás. Esse é um momento de oração, de cobertura intercessora e
construção de companheirismo.
3 – Não é bom que
esteja só:
Casamento, a primeira instituição o primeiro núcleo é também a primeira igreja.
É o casamento andar juntos, estar em comunhão o tempo todo, pois tem muitos se
apartando das prioridades e preferem mais cuidar do que é dos outros do que é
seu e vice-versa.
4 – Companheirismo:
Enquanto o pastor trabalha para preservar a igreja de Cristo na sã
doutrina, edificando com a Palavra, a sua esposa edifica a própria casa com sabedoria.
Somente a esposa poderá edificar a casa, do contrário a derriba e tão logo o
pastor não subsistirá no púlpito. O companheirismo é uma comunhão incondicional
pelo bem maior. Isso gera fruto no casamento em saber que um pode contar com o
outro, isso gera frutos na igreja em saber que os irmãos possui um casal na
liderança com sabedoria de Deus.
5 – A cobrança da
igreja:
Infelizmente vai existir comunidades cristã que vai exigir que a esposa
do pastor seja mil utilidades, desde estar o tempo todo ao lado dele, cuidando
das crianças atrás da igreja, até profetizar enquanto tem visões de dias
bons...
Impossível isso tudo, se souberes que existem muitas esposas de pastores sofrendo por causa do stress, problemas emocionais e outros distúrbios em
função de tentar cumprir com essas exigências.
Cada esposa faça conforme os pés e as mãos alcançam em acordo com seu cônjuge,
visando o bem estar do casamento em primeiro lugar.
Conclusão:
Jogo aberto dentro do lar...
Seja a esposa do homem que Deus lhe deu. Fale sobre tudo, expresse sua
dor e a sua alegria, das questões íntimas, de prazeres da vida a dois e sejam
felizes no ministério.
Sejam um casal bem resolvidos na vida e no ministério.
Viva a vida comum do lar!