A IDEIA E A PRÁTICA DA APOLOGÉTICA CRISTÃ

 

INTRODUÇÃO 

A apologética foi de extrema importância para expansão da igreja e homens considerados pais da Igreja são exemplos clássicos dessa importância para o cristianismo. A apologética de modo simples, funciona como uma ferramenta para entendermos porque cremos em Jesus Cristo e consequentemente nas Escrituras Sagradas como regra de fé e prática, bem como sermos capazes de explicar a nossa fé para os nossos amigos, vizinhos e familiares. Podemos ir adiante sobre os diversos fatores que nos leva a termos convicções de nossa fala, quando deparamos com as mais diversas pessoas que não sabe se é católica, espírita, budista ou hinduísta. Também é a apologética importante para esclarecer aos nossos amigos não cristãos e se acham muito esperto, culto e inteligente para apegar-se à fábulas e mitos religiosos sobre Jesus Cristo. Que também duvida que o Cristianismo seja verdadeiro e, consequentemente, não aceitam que a salvação da humanidade estar no Senhor Jesus Cristo.  

O desafio maior estar em conviver entre a “Fé e a Razão”. E através da obra de Geisler (Christian Apologetics, 2nd Ed), poderemos abordar de forma mais abrangentes os pontos que estão no limite de nossa atuação ministerial onde residimos. Também faremos no princípio uma abordagem resumida, para conhecermos mais sobre a prática da apologética relatada pelo autor.

A IDEIA E A PRÁTICA DA APOLOGÉTICA CRISTÃ

A obra de Geisler, intitulada Christian Apologetics, 2nd Ed vem dividida em três partes bem delineadas, a saber: 

Parte 1 - Metodologia Agnosticismo; Racionalismo; Fideísmo; Experiencialismo, Evidencialismo; Pragmatismo; Combinacionalismo; Formulação de um teste adequado para a verdade. 

Parte 2: Apologética Teísta; Deísmo; Godismo Finito; Panteísmo; Panenteísmo; Politeísmo; Ateísmo; Teísmo. 

Parte 3: Apologética Cristã; Naturalismo e o sobrenatural; Objetivismo e História; A confiabilidade histórica do Novo Testamento; A reivindicação da divindade e autoridade de Jesus Cristo; A evidência da divindade e autoridade de Jesus Cristo; A Inspiração e Autoridade da Bíblia.

Geisler, ele trabalha uma literatura muito sistemática, no intuito de defender de forma organizada a fé cristã, seguindo pensamentos clássicos de homens como Agostinho, Anselmo, Thomas Tomás de Aquino, João Calvino, Jonathan Edwards, BB Warfield, Kenneth Kantzer, e muitos outros. Contudo ele abrange uma série de visões de mundo e testes para Verdade, que cobrem boa parte de nossas necessidades contemporânea. 

Ao discutir vários temas que levaram ao uso da apologética, Geisler desvendou os métodos e estratégia formada no período inicial da era crista até o momento que culminou na maior embate de nossa era e senão uns dos maiores desafios da igreja, quando surgiu o principalmente o iluminismo, movimento intelectual e cultural dos secs. XVII e XVIII, com suas ideias racionalistas (a razão humana é o único meio de conhecimento e explicação da realidade). 

Acampada pelas forças da teoria evolucionista de Charles Darwin (1809-1882), que buscava explicar a origem das espécies por meio da seleção e evolução natural. Isso tudo permitiu difundir nos ambientes acadêmicos e científicos que a fé e a razão são opostos entre si. Consequentemente, que a ciência e o cristianismo são mutuamente excludentes. 

No centro dessa temática estar a discussão sem razão dos que defendem que a humanidade com tanta ciência ao seu dispor não precisam mais de uma explicações sobrenaturais para entender como o universo surgiu e se desenvolveu. O que Geisler faz entendermos nessas questões, que o centro da defesa da fé cristã de modo prático, não passa por provar Deus e seus feitos, até porque a Bíblia não sugere ser um livro para comprovações científicas. Enganados estão todos os que assim esperam que as Escrituras Sagradas deseja fazer. 

Mas a evolução do pensamento humano é exibido de forma esconder sua incapacidade de compreender o que estar acima de sua possibilidade mental. Isso porque, toda a explicação que deseja sobre Deus – sua existência, forma, lugar, início – não é possível por meio de análises empíricas e laboratoriais. O método científico e o uso da razão não podem dissecar Deus, numa mesa de laboratório. 

Acompanhado desses pensamentos tão antigos, desde o tempo dos apóstolos, Geisler, aponta em sua obra de forma trivial e abrangente que tudo isso tem sido reinventado nos nossos dias. A isso se aplica a todos que negam a existência de Deus; Negam possibilidade de que o universo tenha sido por Ele criado e projetado; Negam a existência de uma moralidade e uma verdade absoluta; Negam a encarnação do filho de Deus, sua morte e ressurreição; Negam a fidedignidade histórica da Bíblia como fonte de evidências sobre a existência de Deus e seu modo de agir.

Em tom bastante didático, Geisler reúne as ideias da apologética histórica, assim como da apologética clássica. No trajeto da construção do seu texto ele tem como objetivo demonstrar as evidências que torna o Cristianismo, uma religião autêntica. Faz uma abertura ao nível dos pressuposicionalistas, que usam como pano de fundo as pressuposições do incrédulo. Nisso é apontado o núcleo central da questão, que é a validade da evidência para apoiar emersamente a verdade. Importante se apoiar o trabalho pela cosmovisão cristã geral da pessoa, que faz a interpretação. Para Geisler, enquanto que os apologistas históricos acreditam que os fatos históricos são evidentes no contexto histórico. Os pressuposicionalistas puros, por outro lado, insistem em que nenhum fato é evidente; todos os fatos são interpretados e exigem uma estrutura de cosmovisão cristã para compreensão adequada. Assim, se não existir critérios claros para apontar uma verdade e uma falsidade, nenhuma citação pode ser defendida contra, mesmos as opostas, pode ser também verdadeira.

Geisler aborda que a filosofia como conhecemos hoje, pressupõe a validade geral dos argumentos ceticistas de Hum e de Emanuel Kant, que eram pensadores racionalista, e os mesmo acabaram por manter os agnósticos. O que significa necessariamente na apresentação de dois tipos afirmações sobre Deus. Para o teísmo, Deus é um ser auto causado. Muito contraditório no que antes pesavam os teístas, quando definia Deus como ser “causado”. Veja bem, os ateus acreditam também ser o universo, um ambiente incausado e que sempre existiu. Fica então exposto dois pesos e uma medida: Mas se Deus não é um ser auto causado, a refutação é totalmente falha. Para isso é utilizado o método da refutação teleológica de Deus, para explicar a existência de Deus ou não: Pensa primeiro que o universo foi projetado por alguém ou alguma coisa - ou aconteceu por acaso; Pode o acaso ser a causa da existência do universo e a complexidade que o cerca; então o universo não pode ter sido projetado.

A dinâmica passa da discussão abordada na prática da apologética centra na pessoa de Deus, e se não há nenhum Criador, tecnicamente nenhum ser humano não pode também ter sido criados – são obras do acaso os seres humanos não foram criados. Na obra literária intitulada a “Reconstrução na Filosofia” de Dewey , ele cita que os homens e mulheres pensam em termos científicos e seculares, logo, agora devem ter uma visão naturalista das origens. A humanidade é resultado dos processos naturalistas evolutivos, não a criação especial de qualquer tipo de Deus.

Mais adiante podemos aprender mais com Geisler a respeito do cerne das evidência da ressurreição de Jesus Cristo e a forma convincentes de defender dentro do Cristianismo, é a matriz da existência da religião e da fé Cristã – Esse também será matéria elucidada em minha abordagem para meu cenário ministerial no desenvolvimento dessa pesquisa, nos tópicos abaixo. 

Geisler, salienta a ideia central das testemunhas oculares que confirmam terem vistos Jesus Cristo após a sua morte física. Logo isso não foi o suficiente para provar nada, pois que as objeções à ressurreição são muitas e se apoiam em vários certames. Alguns afirmam que isso seria um milagre, e milagres não tem explicação racional – não podem serem reproduzidos em laboratórios. Mas é obvio que há muitos que relataram de forma clara, o desaparecimento misterioso do corpo de Jesus do túmulo e que depois viram-no em várias ocasiões. A ortodoxia desse fato, estar na ideia central que Jesus Cristo está ressurreto no mesmo corpo físico anterior, e carrega nele as marcas da crucificação. Dentro do contexto apologético do apóstolo Paulo, estar a prova da veracidade dos fatos, que defendida sobre a ótica de valor impressionante — O cristianismo é falso se Cristo não ressuscitou corporalmente da sepultura. Daí a importância do corpo ou seja da ressurreição física de Jesus Cristo, que é aquilo que em defesa da fé representa o eixo motriz da religião. Assim por dizer, que negar essa verdade, afeta a apologética cristã em todas as frentes.

Nas considerações de Geisler, podemos descrever como é importante defender a reivindicação da divindade de Jesus Cristo. A base estar no fato que o Jesus Cristo no corpo ressurreto é o mesmo corpo físico do homem de Nazaré que foi crucificado na cruz e foi posto em um túmulo. Sendo assim, é a única forma de provar que a ressurreição ocorreu, até porque o túmulo vazio não prova a ressurreição de Cristo. Também o sumiço do corpo do túmulo não prova que Jesus Cristo ressuscitou, haja vista que o corpo original poderia ter sumido de vez e as doze aparições posteriores relatadas nos textos bíblicos, eram de outra pessoa ou da mesma pessoa morta na cruz, mas em outro corpo. A identidade de Jesus Cristo como Senhor e salvador, para pela conexão entre o corpo pré e pós-ressurreição, sem isso o valor apologético da ressurreição é destruído. Então chega-se a conclusão substancial, de que se Cristo não ressuscitou no mesmo corpo físico que tinha na morte de cruz e depois levado para um túmulo, a ressurreição não provaria a reivindicação de ser também o Deus Salvador.

AS ORIGENS HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA

Na origem da apologética cristã, estar o fato do envolvimento do Cristianismo em nível intelectual com a filosofia grega. Interessante nos posicionar no século II, onde essa atenção se acentua, e passa a interagir com a sociedade romana. Nesse período tão própria da construção e desenvolvimento da igreja, vamos ver inúmeros escritores na defesa da racional da fé cristã. Poderíamos citar Justino Mártir (c. 100-165 DC), um exemplo de conversão porque buscava na filosofia, um verdade.

Os chamados 'os apologistas', são escritores que de forma coletiva se preocuparam em desenhar a defesa do cristianismo contra falsas acusações (por exemplo, que os cristãos eram ateus, sexualmente imorais ou canibais); argumentaram fortemente a favor da verdade do Cristianismo correlacionando com as profecias do Antigo Testamento e essencialmente que o Cristianismo era superior ou cumpria as ideias filosóficas gregas conhecidas.

Mesmo tudo isso não era um unanimidade entre os apologistas, por exemplo, Tertuliano criticou o uso da filosofia grega por Justin, dizendo a famosa frase : "O que Atenas tem a ver com Jerusalém?"  Mas isso hoje em nosso contexto não é novidade. Ainda temos muitos cristãos evangélicos dentro dessa divisão, pois há dois lados: uns acreditam que toda a verdade é a verdade de Deus e que é importante defender o Cristianismo no reino do debate filosófico, enquanto que para outros, argumentam que devemos colocar nossas forças apenas na proclamação do evangelho. 

Fato que a apologética cristã se originou no Novo Testamento principalmente nos escritos de Paulo e foi desenvolvendo ao longo do tempo até chegar no segundo século em resposta aos obstáculos encontrados ao romper as fronteiras culturais do mundo greco-romano. Esse eixo foi se desenrolando no tempo histórico e precisou se adaptar aos novos desafios culturais, impostos por outras fronteiras transculturais.  

O núcleo da apologética

As funções da apologética se apoia em pelo menos três funções básicas, ainda que não é uma concordância total para muitos apologistas cristãos, mas é válidas citarmos aqui, baseado no conceito que para alguns não devemos construir argumentos positivos para a fé cristã, mas passar a a refutar as acusações contra ela e as crenças opostas – o que reflete enormemente as diferenças entre diversas escolas de apologética:

1) Argumentos para a verdade da fé cristã (vindicação / prova / apologética positiva)

Objetivo - demonstrar que o Cristianismo é racional. Pretende o uso de regras filosóficas e evidências da ciência, arqueologia e história para situar a fé cristã em um nível superior que qualquer sistema de crença alternativo, existente no mundo vivente.

2) Argumentos refutando acusações feitas contra a fé cristã (defesa / apologética negativa)

Objetivo - demonstrar que o Cristianismo não é irracional. Excluir todas as objeções feitas contra o Cristianismo, que destorça a Bíblia, as interpretações alternativas de evidências históricas e científicas e qualquer equívocos sobre a fé cristã.

3) Refutação de crenças opostas (ofensa)

Objetivo - demonstrar que os sistemas de crenças não-cristãos são irracionais. Visa simplesmente em desconstruir os fundamentos de outros sistemas de crenças não cristãos.

Baseado nesse ultimo objetivo (Refutação de crenças opostas), vamos nos concentrar no tema que tem crescido entre os brasileiros nos últimos tempos. Há uma larga evidencia do crescimento fundamentalistas, que lutam ideologicamente contra diversas correntes não cristãs.

Crenças opostas ao cristianismo

Para nós, a expressão de fé cristã, estão distribuídos segundo suas convicções e estão distribuídos por várias denominações, ou seja, católica romana, episcopal, pentecostal, luterana, batista, etc. Na mesma frente de organização, vem as religiões não cristãs com suas divisões. No nosso contexto brasileiro podemos trazer como estão baseado as religiões do “espiritismo” – Eles se distribuem, não por denominações, mas por correntes ou doutrinas.

O Espiritismo é dividido em cinco grupos principais:

UMBANDISTA: - Conhecido também como baixo espiritismo. Este grupo compreende: Umbanda: é o nome da atual macumba. Originou-se de escravos bantos, vindos da África.

Quimbanda: é a famosa magia negra. É também conhecido como espiritismo do livro de São Cipriano da capa preta.

Xangô: outra forma de espiritismo afro-brasileiro.

é Babaçuê: espiritismo de origem africana, influenciado pela pajelança...

Pajelança: ritual indígena realizado pelo pajé da tribo. À semelhança das sessões espíritas, nela também ocorre o transe, as incorporações de espíritos e mensagens.

Catimbó: feitiçaria de origem europeia, influenciada pelos indígenas e africanos.

KARDECISTA - Conhecido também como alto espiritismo. Este grupo compreende: Kardecista Puro: segue as doutrinas de Allan Kardec.

Ruteirista e Ubaldista: seguem as doutrinas de João Batista Roustang e de Pietro Ubaldi, respectivamente.

Emmanuelista: é influenciado pelos "ensinamentos" de Emmanuel, o espírito guia de Chico Xavier.

Ramanista e Paganizante: seguem os ensinamentos do "espírito guia" Ramatis e a tendência espírita liderada por Carlos Embassahy, respectivamente.

OUTRAS TENDÊNCIAS: conforme o "líder" ou "espírito guia", como Yokanam, tia Neiva, etc.

GRUPO ESOTERISTA - divide-se nas seguintes organizações:

 " Rosacruz, Teosofia, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, "

Organizações diversas tais como:

Ordem dos Iluminados, Legião da Boa Vontade, Ordem Esotérica do Mentalismo, Gnosticismo, Logosofia e Cultura Racional Superior.

GRUPO CIENTÍFICO - espiritismo voltado para o estudo da paranormalidade.

Os Kardecistas não admitem ser confundidos com os umbandistas. Mas a verdade é que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa. A própria Federação Espírita Brasileira reconheceu essa igualdade (informação "O Reformador", em sua edição de julho de 1953, pág. 149).

Eis os pontos comuns entre o Espiritismo e a Umbanda: comunicado com os espíritos dos mortos, os "desencarnados"; a reencarnação; sofrimento, como base para a evolução no progresso espiritual; a prática da "caridade", que acelera esse progresso.

As pessoas que se esforçam para praticar boas obras, desenvolver-se na mediunidade, crendo que morrerão e reencarnarão diversas vezes e depois passarão a viver em outros mundos como "guias de luz".

Reflexão no ambiente apologético cristão brasileiro

Ao voltarmos aos objetivos da apologética, baseado no objetivo da refutação de crenças não cristã, precisamos abordar as falácias dos seguidores do espiritismo.

Eles chamam para si a condição de serem cristão genuínos, pois acreditam que praticam um cristianismo primitivo em sua forma pura e simples, dando a eles a imagem de bons cristãos que fazem caridades continuamente. Eles ainda vão além e apostam na identidade da transformação do seu interior, pois emergem na necessidade combater seus prόprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus.

Qual é a defesa apologética a tais reivindicações? Sem muito o que esforçar podemos o cristianismo na sua forma simples e pura só tem lugar quando baseado nas Escrituras Sagradas, onde o apelo ao Cristianismo histórico se assenta com prioridade.

Eles os espíritas, realmente se contradizem, ao afirmar que estar na boca dos espíritos, as referência e orientações para suas vidas. Logo isso contradiz a sua afirmação de serem genuínos cristãos puros e simples, certo que a posição adotada com relação à pessoa e aos ensinos de Jesus Cristo: Se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, que utilidade têm os ensinamentos dos espíritos deles? Poderão eles ensinar alguma coisa além do que ensinou Jesus Cristo? 

Continuamos no nosso ministério de modo geral, refutando toda ideia e crenças opostas ao verdadeiro Cristianismo. Temos a Bíblia como regra de fé e conduta para a vida e para o caráter do cristão. Enquanto que podemos ver os espíritas, negando as santas doutrinas cristãs, a exemplo da nossa redenção por Cristo, nosso salvador. Podemos ir adiante e ao nos depararmos com o credo espírita, que tem sua face negativista, que distorce as doutrinas cristãs, podemos apertar mais ainda de forma fundamental em defesa da fé, pois eles negam largamente a ressurreição corporal de Jesus e da humanidade, negam os milagres de Jesus, negam a Trindade Santa, negam a deidade absoluta de Jesus Cristo, negam a Personalidade do Espírito Santo, negam a existência dos anjos, negam a existência do Diabo e dos demônios, negam a existência do céu e do inferno, negam o pecado original, negam unicidade da vida terrestre. Continua uma pergunta para uma resposta definitiva no campo apologético: Poderiam, realmente, os espíritas ser classificados como cristãos? A resposta é definitivamente: não!

A tarefa de desenvolver de forma prática a apologética Cristã

Temos uma tarefa honrosa de trabalhar persuasivamente a questão da refutação aos falsos cristãos. Temos como objetivo também, persuadir essas pessoas a acreditarem verdadeiramente na mensagem cristã. Isso é deve ser o nosso objetivo mais abrangente em defesa da fé e na proclamação da Palavra do Evangelho - a apologética por si só não é suficiente - o evangelismo também é necessário. Nisso sabemos que de outra forma precisamos pensar sobre o propósito da apologética, é pensar sobre como estamos nos relacionando com aqueles que são crentes e aqueles que não são crentes. A tarefa também desse cenário é fortalecer a fé dos nossos fiéis e excluir obstáculos à fé daqueles que não acreditam nas doutrinas cristãs evangélicas. 

O 'Evangelismo' é o compartilhamento da mensagem das boas novas (evangelho) sobre Jesus Cristo. Ao considerarmos o lugar da apologética no ambiente onde podemos construir e desenvolver essa relação com os não cristão, poderemos vislumbrar esse instrumento como um pré-evangelismo ou como parte do processo de evangelismo. Isso equivale a remover as barreiras à fé e também emerge um campo muito bem preparado para o plantios das sementes do evangelho. A construção desse cenário precisa passar pela parceria entre essas duas ferramentas: Apologética e evangelismo. 

É improvável os não cristãs que se cercam de poderes intelectuais e não aceitam à existência de Deus ou à historicidade de Jesus Cristo, recebam a mensagem do evangelho com facilidade. A apologética fará a trabalho duro de remover as raízes mais profundas, ao fazer uso do apelo do raciocínio intelectual das pessoas. Nisso, o êxito dessa tarefa se mostra eficaz, pois uma pessoa pode estar intelectualmente convencida da credibilidade e até da verdade da fé cristã, mas ainda assim não ser cristã. O evangelho apela não apenas para a mente e para emoções das pessoas, assim sabemos que a conversão ocorre quando a mente, o coração e a vontade são entregues a Deus em arrependimento e fé. A fé vem pelo ouvir a palavra de Deus – um argumento lógico de Paulo que sabia executar muito bem essas duas ferramentas e disso foi sábio em compartilhar o evangelho em seu tempo, ao estruturar seu ministério pastoral com argumentos apologéticos.

Abordagem do conhecimento de Deus

Ao lidarmos com os adeptos das doutrinas de Allan Kardec, somos constantemente levados ao suas menores credibilidade diante da Bíblia. Eles os espíritas, trazem para si a condição inequívoca de serem a terceira revelação  de Deus, que vem completar a revelação inicial dada primeiramente a Moisés com o Antigo Testamento, depois por meio de Jesus com o Novo Testamento e, por fim, como a consumação pelos espíritos. 

Eles seguem adiante com as suas contradições o tempo todo. Pois se o espiritismo ensina as mesmas doutrinas que o Cristianismo e assim afirmam que são cristãos puros e simples, teríamos que ver em seus ensinamentos concordem na totalidade com os ensinamentos de Jesus Cristo e dos apόstolos. Ao analisar o que diz o seu líder sobre a Bíblia, ficamos pasmos com a leitura de Kardec, quando expressa em sua obra (O Cristianismo eo espiritismo ensinam a mesma coisa) que o espiritismo é uma revelação que procede de Deus, então essa revelação deve confirmar o que fora revelado pelas duas anteriores.

Como podemos observar nesse contexto geral, que por hora não parece ser exclusivo no Brasil, vimos a negação da revelação divina das Escrituras Sagradas, o que eles estão procurando com isso, é colocar a Bíblia como uma compilação sem importância, que se resume apenas em relatar fatos históricos e lendárias, em um baixo nível de aproveitamento. Então temos o cuidado de entender, que quando eles querem dizer que são cristãos, estão apenas usando as Escrituras Sagradas, como lhes convém para apoiar suas teorias espíritas e nada mais. A Bíblia para eles é apenas um livro de consulta, logo não fará diferença se é ou não a Palavra de Deus, desde que possam usa-la como desejam.

Existem inúmeras maneiras diferentes de abordar a tarefa da apologética no contexto em que temos os espíritas tentando parecerem ser iguais aos cristãos e ao mesmo tempo, fazendo uso dessa identidade para distorcer o verdadeiro discurso. Não é fácil a tarefa, mas a exemplo do gnosticismo, podemos fazer frente ao apresentarmos a verdade sobre Deus.

Podemos demonstrar a verdade sobre Deus por meio da razão humana em resposta a observações sobre o mundo (empirismo), por meio de uma avaliação crítica da lógica inerente de diferentes sistemas de crenças (racionalismo), por meio apenas das Escrituras (autoritarismo bíblico), por meio de experiência pessoal (misticismo), ou através de uma combinação desses meios? O debate sobre esses diferentes meios de descobrir a verdade sobre Deus depende de nossa crença sobre:

Deus - é maior ênfase colocada em Sua transcendência (o fato de que Ele está além de nosso conhecimento) ou Sua imanência (o fato de que Ele se revelou a nós e pode ser conhecido).

Pecado - como o pecado afetou a habilidade dos humanos de apreender a verdade sobre Deus (os efeitos do pecado na mente são chamados de efeitos noéticos do pecado).

Não é uma tarefa fácil conforme aludimos, porque depende muito da forma como é necessário aplicar. Em mente o que temos é que o teísmo é a evidencia correta do cristianismo, haja vista que não podemos demonstrar nenhum argumento histórico até que as pessoas, conheçam de fato a cosmovisão teísta, visto que elas tem tendências a olhar a vida com base em sua própria cosmovisão. Mas se quisermos usarmos as evidências reais dessa defesa de fé, teríamos que fazer uso dos argumentos históricos e filosóficos. Seria mais útil também acumular todos os argumentos lógico formal, como forma de criar um cenário jurídico a favor do Cristianismo, sem permitir que nenhuma outra hipótese venha competir, com nossa posição. Está nisso a ideia que permeia o uso adequado dos efeitos noéticos do pecado, fonte que pressupõe que a verdade do Cristianismo é o ponto de partida para a apologética. E por fim a epistemologia da defesa cristã, passa pelo conhecimento que muitas pessoas acreditam em muitas coisas sem evidências alguma. Então não precisaríamos necessariamente de argumentos racionais, pois nesse caso precisamos apenas da apologética negativa, defendendo contra desafios à crença teísta.

A dinâmica entre pessoas no mundo cristão

No livro, Geisler faz relato bíblico dos personagens que se destacaram no apoi da fé, o que não deixa de ser uma apologética, por ser tão diferente do que conhecemos como uma defesa moderna. Geisler citas os milagres de Moisés (Êxodo 4: 1-9), o ambiente do profeta Elias (1 Reis 18) e as ultimas palavras de Jesus Cristo sobre o papel da igreja (Atos 2:22), e salienta o cenário do apóstolo Paulo, que debatia com as pessoas sobre a existência de Deus de forma racional, através da filosofia (Atos 17: 22-31).

Na prática do uso da apologégica no mundo das pessoas é um desafio, principalmente quando nos deparamos com cristãos que são céticos sobre o valor da apologética, levantam uma série de objeções diferentes, algumas estão em versículos das Escrituras Sagradas e outras estar nas limitações impostas pela lógica das coisas espirituais. Essas objeções geralmente frutos de mal-entendidos do texto bíblico ou do propósito da apologética. 

Seria objeções baseadas em que a bíblia não precisa ser defendida (Hebreus 4:12) apoiando a ideia de que as Escrituras Sagradas são poderosa em si mesma. Isso faz esquecerem que as Escrituras é o resultado do uso sistemático das pessoas como o instrumento de Deus para comunicar as outras pessoas, o que ela é. Outros vão objetar que Deus não pode ser conhecido pela razão humana (1 Coríntios 1:21), o que seria precipitado entender que se trata da existência de Deus, mas como a mensagem da cruz é transmitida ou aceita. O que Paulo explica não ser possível aceitar essa mensagem pela razão humana e somente pela fé – pela revelação especial das Escrituras Sagrada.

O PROBLEMA DAS MUITAS VIDAS TEM REFUTAÇÂO

A seara apologética no Brasil tem uma missão de berço. Na sua origem, as religiões presentes que não fazem uso da Bíblia como sua única fonte de vida e fé, ou que a consideram apenas como um livro qualquer, sem ensinamento valioso ou doutrina séria, nos permite refutar com os próprios argumentos deles, quando fazem uso da mesma bíblia para explicarem suas ideias doutrinárias. A luz das Escrituras Sagradas essa mesma Bíblia que eles usam é um problema do começo ao fim, pos a filosofia pregada por Allan Kardec, pois em nenhum momento lhe é favorável. Vejamos abaixo o núcleo da doutrina deles que não se apoia na bíblia de fato.

A doutrina reencarnação

No nosso contexto ministerial, temos a reencarnação como uma peça a ser refutada. O espiritismo baseado nas doutrinas de Allan Kardec, tem isso como um dogma imutável. O prefixo da “re” de (repetir), e o verbo encarnar (tomar o corpo), forma a palavra reproduzida em “reencarnação”. O sentido disso é tomar o corpo repetidamente para si. Tal seja como a volta da alma a vida no corpo, essencialmente em um novo corpo diferente do anterior para servir de instrumento de obra de evolução (9 O Evangelho Segundo o Espiritismo 9, p. 561. Editora Opus Ltda., 2g edição especial, 1985). 

Nessa doutrina é estabelecida a volta da alma ao novo corpo, o que é contraditório ao que a Bíblia nos ensina sobre a ressurreição, que significa o retorno da alma ao próprio corpo. Jesus Cristo é que nos ensinou a doutrina da ressurreição e os evangelhos estão cheios desses exemplos – o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro. Ressucitar então quer dizer levantar novamente o que era morto.

A doutrina da reencarnação é anti-bíblico e é também ensianda nas religiões do hinduísmo, que também aceitam a metempsicose, que é o retorno do espírito aos irracionais. Diz ele: A pluralidade das existências segundo o espiritismo, difere essencialmente da metempsicose, em não admitir aquele a encarnação da alma humana nos corpos dos animais, mesmo como castigo. Os espíritos ensinam que a alma não retrograda, mas progride sempre (9 O Que É o Espiritismo 9, p. 85.Editora Opus, 2ª edição especial, 1985).

O que nós apologista devemos fazer? Refutar constantemente é um caminho, ainda que com instrumento de debate para alcançar evangelisticamente os menos esclarecidos. Podemos utilizar o exemplo do cenário de comparação de que João Batista era Elias, não reencarnado, mas profético. Nesse caso a bíblia estar nos ensinando não a reencarnação e ainda em corpos diferentes, como os espíritas querem passar, fazendo uso constante de textos bíblicos para fundamentar suas doutrinas. Não, isso que estar presente na bíblia se trata de uma missão profética com características semelhantes.

Matéria de prova para refutar tais heresias baseado no cenário de João Batista e Elias, segue a seguinte retórica - a) Se o profeta Elias passou pela reencarnação, como pode explicar que ele não foi em nenhum outro momento desencarnado? Sabemos pelo mesmo texto bíblico que o profeta Elias foi levado ao céu através de um redemoinho, sem que isso não prove o seu estado de morte (2 Reis 2.11); b) Se Elias tivesse reencarnado, na Transfiguração, descrita em Mateus 17.1-6, quem deveria ter aparecido seria João Batista. Este já havia sido morto por Herodes e ele então deveria ter aparecido e não Elias, pois conforme estabelece a doutrina da reencarnação, quando o espírito se encarna toma sempre a forma da última existência. c) Podemos apresentar os cinco traços de identidade do ministério profético de ambos, a saber: 1 - Aparecimento de Elias descrito em 1 Reis 17.1 se assemelha ao aparecimento de João Batista como descrito em Mateus 3.1; 2 - Elias repreendeu o rei Acabe, que era casado com Jezabel, mulher idόlatra e ímpia (1 Reis18.17-18), e João Batista repreendeu o rei Herodes por viver com a mulher de seu irmão (Mateus 14.3-4); 3 - Elias foi perseguido por Jezabel (1 Reis 19.2Y3) e João Batista foi perseguido por Herodias, mulher de Herodes (Mateus 14.6-8); 4 - João Batista, interrogado, respondeu claramente que não era Elias (João 1. 21); 5 - Em Mateus 11.13, Jesus disse: Todos os profetas e a eles acrescenta João, logo Elias e João não são se tratava das mesmas pessoas e vida (Matheus 17:10-13).

CONCLUSÃO

Portanto podemos chegar a conclusão que a dinâmica do instrumento da apologética passa pelo diálogo permanente em várias camadas de atuação cristã. Principalmente porque os níveis de formação intelectual que podem construir debates promissores, estar presente nas esferas do pensamento de homens que se dedicam ao estudo estratégico da defesa da fé. 

Nesse cenário apresentado onde a refutação a religiões opostas ao Cristianismo verdadeiro no contexto brasileiro é um exemplo de necessidade de reflexão sobre os objetivos da forma como podemos interagir com descrentes. A experiência pessoal e o testemunho de cada personagem crente pode melhorar o intercâmbio e permitir uma explicação a respeito da mensagem do ponto de vista cristão, sem que isso funcione como uma afronta, um ataque, um tentativa de diminuir o outro ou mesmo menospreza-lo.

A leitura que deve ser feita nesse caso é portanto uma tentativa profunda de relacionamento, sem permitir que o profana ateie fogo no santo. Tudo depende do ambiente em que se permite tais discussões e a amplitude catalisadora da conversa inicial, como também a sensibilidade projetada nos intermediadores. Sabe-se que no contexto social vivenciado e proposto para o mais diverso tipo de crente, prevalece a confiança no saber, daí a suma importância de preparar homens e mulheres nas escolas teológicas para serem os transmissores do instrumento apologético que visa anteceder o trabalho evangelístico em qualquer área transcultural e nacional. 

Mostra-se portanto e imperativo a defesa da fé pelo bom comportamento de vida além das letras, não bastando apenas o saber intelectual, mas a autoridade investida sobre aquele que professa com sinceridade a incontestável lida com o controverso. A confiança destinada ao assunto precisa estar depositada na importância da pessoa do apologista enquanto servo de Deus Altíssimo. Considerando com quem estar falando, como sua origem cultural e possivelmente a experiência em relação ao que defende, podemos melhor lidar com os efeitos contrários a indiferença daquilo que ele não entende. O desafio é manter o objetivo desse diálogo – convencer o oponente a viver o o processo da dimensão da fé sobrenatural que não pode ser provada e somente experimentada.

FONTE 

Christian Apologetics, 2nd Ed - Norman L. Geisler, Baker Academic 2013



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Rondineli SS
Sou casado com Shirlene e pai de um casal de filhos; Marianna e Phillipi. Amante do ensino bíblico, apaixonado pela bíblia, desde a conversão em 1997. Pastor certificado pela Igreja do Nazareno - Professor credenciado do STNB (Seminário Teológico Nazareno do Brasil) - Doutorando em Teologia - GCBC Great Commission Bible Colege - Mestre em Teologia e Estudos Bíblicos: WWES WorldWide Evangelical Seminary - Superior em Teologia Cristã - BTS - Birmingham Theological Seminary - Formação Ministerial e Teologia - STNB (Estratégicas) - Pós Graduado: Teologia, Sociologia e Filosofia - IPEMIG – Instituto de Pedagogia de Minas Gerais / Faculdade IBRA "Aqui estou eu! Envie-me." (Isaías 6: 8)


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