A busca pela santidade é um chamado profundo encontrado nas Escrituras, mas é evidente que muitos, mesmo entre os que se consideram seguidores de Cristo, têm um entendimento distorcido do que isso realmente significa. A santidade não é uma coleção de comportamentos ou uma lista de regras que devemos cumprir; ao contrário, ela deve refletir a essência de quem Jesus é. Quando a santidade se torna um reflexo de nosso ego, uma arma para julgar os outros ou uma máscara para esconder nossas falhas, perdemos de vista seu verdadeiro significado. É crucial lembrar que a santidade está intrinsicamente ligada ao amor, à compaixão e à generosidade — qualidades que encapsulam o próprio coração de Deus.
Adicionalmente, é importante esclarecer que certas atitudes, frequentemente confundidas com santidade, na verdade a afastam de seu verdadeiro propósito.
Se a sua versão de santidade é:
- mais sobre você do que sobre Jesus, isso não é santidade.
- cruel, implacável, desagradável, desumano, isso não é santidade.
- falta de amor para com o próximo e os inimigos, isso não é santidade.
- não se importar com os pobres e necessitados, isso não é santidade.
- focado na personalidade externa em vez da pureza interior, isso não é santidade.
- infantil, não infantil, isso não é santidade.
- intimidar outras pessoas on-line ou pessoalmente, isso não é santidade.
- comparável aos fariseus, isso não é santidade.
- hipócrita ou hipercrítico, isso não é santidade.
- mais um aconchego do que uma recepção, isso não é santidade.
- esnobe e fofoqueiro, isso não é santidade.
- buscar mais atenção do que buscar Jesus, isso não é santidade.
- invejoso, ganancioso, luxurioso ou orgulhoso, isso não é santidade.
- rude, áspero e egoísta, isso não é santidade.
- bombástico e beligerante, isso não é santidade.
- manter registros de erros, isso não é santidade.
- condenar o pecado dos outros enquanto encobre os próprios hábitos pecaminosos, isso não é santidade.
- expulsar as pessoas do reino em vez de convidá-las a entrar, isso não é santidade.
- falta de generosidade, isso não é santidade.
- criticar difamações nas redes sociais e depois atirar lama nas redes sociais imediatamente, isso não é santidade.
- cheio de “perguntas capciosas” destinadas a prender e menosprezar, isso não é santidade.
- defender a “verdade” enquanto conta meias verdades e mentiras descaradas, isso não é santidade.
- retratar-se por quem você odeia e não por quem você ama, isso não é santidade.
- alimentar discussões acaloradas em vez de conversas piedosas, isso não é santidade.
- cego para a trave gigante no próprio olho, mas julgando o cisco no olho de outra pessoa, isso não é santidade.
- mais sobre legalismo do que caridade, liberdade e graça, isso não é santidade.
- ignorar esta lista e ficar na defensiva sobre as áreas que refletem suas próprias atitudes e comportamentos ruins, também não é santidade.
Qualquer coisa diferente de ser como Jesus, simplesmente… não é santidade.
Além disso, a ideia de santidade não deve ser usada como um meio de alienar ou condenar os outros. Muitas vezes, vemos aqueles que se autodenominam santos caírem na armadilha da hipocrisia, focando nas falhas alheias enquanto ignoram suas próprias fraquezas. A santidade genuína se manifesta em um coração humilde, que busca servir e acolher, não em atitudes arrogantes que buscam destacar erros. O verdadeiro chamado à santidade deve nos levar a nos confrontar com nossos próprios pecados e a estender a mão aos necessitados, refletindo a inclusão que Jesus praticou.
Ademais, a santidade não deve ser confundida com legalismo ou uma fachada moral. Ela não se trata de seguir regras rígidas para agradar aos outros ou a Deus. Ao invés disso, envolver-se na vida cristã com autenticidade implica cultivar uma relação pessoal com Deus, onde a transformação do coração nos leva naturalmente a agir com bondade e a buscar a justiça. Quando deixamos de lado o desejo de mostrar superioridade e nos dedicamos à prática do amor e da verdade, entramos no verdadeiro espírito da santidade.
Por último, precisamos lembrar que a santidade deve ser vista como um processo contínuo de crescimento e aperfeiçoamento, não como uma linha de chegada a ser alcançada. É uma jornada que nos convida a nos tornarmos mais como Cristo, o que significa abraçar tanto graça quanto verdade. Assim, ao nos esforçarmos pela santidade, que possamos sempre verificar nossa motivação interior e nosso impacto no próximo, assegurando-nos de que estamos refletindo o amor divino e não apenas ações superficiais. Afinal, qualquer coisa que se desvie deste padrão, simplesmente… não é santidade.