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Repensando a Medida de Sucesso em Nossas Igrejas

Eu resolvi ficar mais inspirado a escrever nesse fim de ano. Estou muito animado para o ano de 2025. Acredito em grandes coisas acontecendo no meu ministério pastoral. 

Por muito tempo, as igrejas têm sido obcecadas pelos números de frequência, como se esses dados fossem a única medida de saúde espiritual e crescimento. Contudo, essa prática cria mais ansiedade e competição entre os líderes do que qualquer benefício real. O verdadeiro crescimento e a vitalidade de uma comunidade não se encontram simplesmente em quantas pessoas estão sentadas em um banco, mas sim no impacto que geramos nas vidas ao nosso redor. Afinal, Jesus nos deixou um exemplo de que a quantidade muitas vezes não reflete a profundidade da fé ou o verdadeiro envolvimento. 


Em vez de focar no número de frequentadores, devemos nos concentrar em discipular indivíduos, promover o envolvimento comunitário e atender às necessidades dos que nos cercam. Ao mudar nosso foco de contar pessoas para cultivar relacionamentos e servir os marginalizados, conseguimos refletir o verdadeiro espírito do evangelho e impactar a sociedade de forma mais significativa. 

Além disso, a ênfase excessiva nos números pode levar a uma cultura de superficialidade dentro da igreja. Quando a popularidade é priorizada sobre a profundidade espiritual, corremos o risco de esquecer o verdadeiro propósito de nossa missão. As experiências de adoração e os momentos de comunhão sincera são frequentemente ofuscados pela pressão para encher os bancos a qualquer custo. Assim, é fundamental criar ambientes onde as pessoas se sintam acolhidas e amadas, independentemente de sua frequência, pois enfatizar relações autênticas pode resultar em um crescimento mais sustentável e saudável, alicerçado na solidariedade e no amor incondicional. 

Ademais, ao refletirmos sobre a estratégia de crescimento da igreja, é essencial lembrar que ações concretas geram mudanças duradouras. Em vez de contabilizar a presença física, devemos nos dedicar a iniciativas que promovam o bem-estar e a justiça social. Isso inclui o apoio a iniciativas locais, o engajamento em projetos de ajuda humanitária e a promoção de ações que transcendam os muros da igreja. Dessa forma, transformamos nossa comunidade em um reflexo do amor de Cristo, ampliando nossa ousadia de fazer a diferença na vida das pessoas que muitas vezes são negligenciadas ou esquecidas. 

Por fim, é hora de mudar nossa mentalidade. Podemos encontrar alegria e satisfação na obra que fazemos, em vez de alimentar um ciclo de comparação e competição. Celebrar histórias de transformação, batismos significativos e o crescimento espiritual de nossos membros deve ser a nossa prioridade. Portanto, em vez de contar cada pessoa presente nos cultos, que possamos contar as vidas que estamos tocando, os testemunhos que estamos criando e o amor que estamos espalhando. É assim que realmente glorificamos a Deus, servindo a humanidade e revelando a verdadeira essência do evangelho.

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