Em 1906, um evento marcante ocorreu na vida de George Sharpe, um pastor metódico que foi excluído da Igreja Congregacional de Parkhead, Glasgow, pela defesa da doutrina wesleyana da santidade cristã. Esse momento não apenas mudou o curso de sua vida, mas também deu início à formação da Igreja Pentecostal de Parkhead, que se tornaria um importante marco na história religiosa da Escócia. Essa fundação não só organizou outras congregações, mas culminou, em 1909, na criação da Igreja Pentecostal da Escócia, um movimento que se consolidaria ainda mais com a união da Missão Pentecostal à Igreja Pentecostal do Nazareno em 1915.
George Sharpe nasceu em 17 de abril de 1865, em Dalziel, perto de Motherwell, e iniciou sua carreira como escriturário em uma siderúrgica. Sua jornada o levou a Nova York em 1886, onde se tornou membro da Igreja Metodista. Seu forte desejo de servir a Deus o levou a aceitar um chamado para o ministério, e ele se casou com Jane Brayton Rose, com quem teve uma parceria no ministério. Após retornar à Escócia em 1901, Sharpe se estabeleceu na Igreja Congregacional de Parkhead, onde muitos perceberam sua paixão pela santidade cristã. Sua exclusão da igreja em 1906 se deu em um momento de crescente fervor religioso e inovação espiritual, e foi a partir dessa exclusão que ele se tornou um catalisador para a criação da nova congregação.
Sob a liderança de Sharpe, a construção de uma nova igreja começou em 1907 na Rua Burgher, em Parkhead, após a arrecadação de fundos que totalizaram £ 300. Para aumentar as contribuições financeiras, o Rev. Sharpe cruzou o Atlântico em busca de doações, e a nova Igreja foi inaugurada em dezembro de 1908, com um custo final de £ 3.000. Uma das figuras notáveis que surgiram nesse movimento foi a Srta. Olive Winchester, uma herdeira que se tornou a primeira mulher aficionada pela divindade na Faculdade de Divindade em Glasgow e foi considerada a primeira mulher ordenada na Escócia, representando um passo importante na inclusão de mulheres no ministério da igreja.
George Sharpe permaneceu à frente da Igreja Pentecostal até sua morte em 27 de março de 1948, deixando um legado duradouro. Jane Brayton Rose, sua esposa e também ministra, faleceu em 28 de fevereiro de 1943, e juntos eles, com outras figuras importantes, ajudaram a moldar a paisagem religiosa da Escócia. O movimento que tomou impulso sob a liderança de Sharpe não apenas trouxe novas abordagens ao cristianismo, mas também desempenhou um papel significativo na evolução das tradições pentecostais ao redor do mundo. Esse legado permanece vivo, inspirando gerações a vivenciar e compartilhar a mensagem de santidade e compaixão, conforme exemplificado na vida e no ministério de George Sharpe.