Formação do Canon Bíblico
1 – O USO DA PALAVRA CÂNONE
A palavra Canon significa segundo o dicionário uma regra: e é usada como tal em muitas partes bíblicas no chamado Novo
Testamento, como Gal. 6:16; “Tantos quanto andam de acordo com esta regra.” Fil.
3:16; “Vamos andar pela mesma regra."
Mas há de se observar que nas passagens
citadas não há nenhum tipo de indicação ou associação no todo como um volume
organizado, ou seja, a escritura.
A palavra Canon, no entanto, foi
usada pelos nossos patriarcas Cristãos para mencionar as Escrituras inspiradas
por Deus, que nos orienta em uma vida santa. Irineu expressa sua opinião considerando,
não só o velho testamento, mas bem como o novo testamento como sendo‑os inspirados por Deus
e normativos. Atanásio,
em sua Epístola Festiva, fala de três tipos de livros; o canônico - como as que
foram autorizados a serem lidos nas igrejas da sua época, os Apócrifos e os
outros.
2
– MOISÉS, ONDE COMEÇOU
Por ter sido criado pela filha de
faraó, “Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios” – At 7.22, e
segundo a tradição egípcia era muito importante uma base educacional avançada [1]
que incluísse: Aritmética,
Geometria, Poesia, Música, Astronomia e várias outras matérias.
As escolas tinham uma ligação forte
com os templos e eram controladas pelos sacerdotes egípcios. Medicina e
religião eram temas fortemente estudados.
Moisés deve ter sido ensinado pelo
“professor dos filhos do rei“, na corte real e aprendido a escrever os
hieróglifos egípcios com tinta sobre os papiros. Ele provavelmente aprendeu
também a escrita Cananita, porque Canaã era aliada do Egito na época.
Moisés
é chamado
Moisés foi preparado para libertar o
povo de Deus no Egito. Deus usa a estrutura cravada na história de Moisés na
corte de Faraó para cumprir seus designíos eternos.
Nós já conhecemos o desenrolar dos episódios
que marca o início da missão de Moisés; da sua experiência da sarça ardente
passando pelos prodígios no palácio de Faraó até chegar ao monte Sinai, quando
vê a glória de Deus e recebe as tábuas dos mandamentos.
Então sabemos nas escrituras que os
cinco livros de Moisés quando terminados, foram colocados especialmente ao lado
da arca da Aliança, Dt. 31: 24-26. “E aconteceu que quando Moisés terminou de
escrever as palavras desta lei em um livro, até que terminasse, Moisés ordenou
aos levitas que levavam a arca da aliança do Senhor, dizendo: Pegue este livro
da lei, e coloque-o no lado da arca da aliança do Senhor teu Deus, para que pode
haver uma testemunha contra ti”.
A própria Bíblia testemunha que essa
lei escrita por Moisés, foi copiada em suas gerações para que servisse a um
propósito estabelecido e para que o povo não permanecesse ignorante por falta
de acesso a uma orientação divina que estava aos pés da Arca da Aliança, pois o
texto de Deut. 17:18-20 diz “E será quando ele se sentar trono do seu reino,
que ele lhe escreverá uma cópia desta lei em um livro, do que está diante dos
sacerdotes, os levitas. E será com ele, e ele lerá todos os dias da sua vida;
que ele possa aprender a temer ao Senhor seu Deus, a guardar todas as palavras
desta lei e estatutos para fazê-los; para que seu coração não se levante acima
de seus irmãos, e que ele não se desvie do mandamento para a mão direita ou
para o esquerda: para o fim de prolongar seus dias em seu reino, ele e suas crianças
no meio de Israel.”
Moisés ensinava por meio de
repetições (Dt 11.19), leitura em público (Dt 31.10-13) e música escrita (Dt
31.19).
Acredito firmemente que Josué fez
uma adição a Lei, pois lemos que “E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; e
tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao
santuário do Senhor”. Josué 24:26
A lei naquela época era um assunto nacional, um assunto judeu, em virtude dos escritos serem estatutos e ordenanças, que definia comportamentos do culto e vida civil. Os homens que serviram ao SENHOR movidos pelo Espírito Santo que adicionando ao Canon as palavras do Altíssimo, tiveram o cuidado de escrever a verdade sobre a criação divina, se distinguindo dos outros livros [2] já disponíveis em suas épocas criados por outras nações como os Egípcios, Cananeus [3], Sumérios [4], entre outros povos e pessoas ao redor de Israel, que entre outros assuntos também davam uma versão literária sobre questões que dizia a respeito à criação do mundo, dilúvio e aparições mitológicas que interagiam com o ser humano.
A lei naquela época era um assunto nacional, um assunto judeu, em virtude dos escritos serem estatutos e ordenanças, que definia comportamentos do culto e vida civil. Os homens que serviram ao SENHOR movidos pelo Espírito Santo que adicionando ao Canon as palavras do Altíssimo, tiveram o cuidado de escrever a verdade sobre a criação divina, se distinguindo dos outros livros [2] já disponíveis em suas épocas criados por outras nações como os Egípcios, Cananeus [3], Sumérios [4], entre outros povos e pessoas ao redor de Israel, que entre outros assuntos também davam uma versão literária sobre questões que dizia a respeito à criação do mundo, dilúvio e aparições mitológicas que interagiam com o ser humano.
3 – OS LIVROS APÓCRIFOS
O
mundo foi assistido por uma enorme variedade literária, que se falava de tudo
e, contudo traziam versões ao gosto e ao interesse de quem escrevia ou lia em
acordo a circunstância que ditava suas personalidades.
Porque nos afirma vários estudiosos que possuíam as melhores evidências em suas
épocas, quais livros pertenciam ao volume sagrado e, também, com base em que
outros livros chamados Apócrifos foram rejeitados e tratados como espúrios, ou considerados
apenas como composições humanas e não inspiradas. Orígenes
sugeriu “precaução na sua utilização”, enquanto na abordagem de Atanásio estes
eram vistos como “enganadores” e “condenáveis”.
Observamos que sabiamente os primeiros cristãos
souberam delimitar o tamanho do volume sagrado, dando a sua forma atual que
ardentemente olhando para as escrituras guardadas nas tradições judaicas e confessando
sua origem inspiradas em Deus evoluíram e aprofundaram em conhecer mais outros
textos do período apostólico usando regras aceitáveis e sistemáticas, para
acrescenta-los ou rejeita-los.
O
que distingue os Livros Canônicos e os Livros apócrifos é a sua origem de
inspiração. A origem da parte de Deus.
4
– A AUTORIDADE DOS NOSSOS PRIMEIROS PAIS CRISTÃOS
Os apóstolos tiveram uma autoridade
sem igual na elaboração da tarefa de transmitir a verdade de Deus nos livros e
cartas deixados para nós. Convence-nos do seu legado o primordial privilégio de
ter sido testemunha ocular e velada das ações do nosso Senhor Jesus Cristo e
experimentado tão de perto seu poder e certamente grandes esforços foram feitos
para distinguir as genuínas inspirações vinda da parte de Deus em relação aos
outros livros humanos, que continuavam sendo produzidos naquelas épocas por
autores que se diziam apóstolos ou se diziam discípulos dos mesmos a fim de
autenticarem suas obras; as outras
escrituras. O apóstolo Pedro escreve “Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as
quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e
igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”. 2 Ped 3:16
Os nossos pais Cristãos foram de uma diligência incomum que
deixaram uma obra que universalmente, lista as doutrinas e as regulamentações
da fé e prática. Essas obras foram admitidas no Canon e recebidas como
inspirados, pelo consentimento do qual não duvidamos, pois seguia as décadas e
séculos foram mencionados, como "Escritura;" como "Escritura
divina;" como "Inspirado pelo Senhor"; como "dado pela
inspiração do Espírito Santo". Paulo diz a Timóteo “Toda a Escritura é divinamente inspirada,
e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça;” 2 Tim 3:16
Os livros da época pós-ressurreição
de Cristo escrito pelos apóstolos e discípulos do Senhor ocuparam o mesmo lugar,
em relação à inspiração e autoridade, como as Escrituras do Antigo Testamento, e
eles foram chamados de Novo Testamento.
5
– O CANONE COMPLETO
O assunto é extenso e nossa reflexão é limitada,
porém resumimos a completitude da obra bíblica em um conceito que merece nossa
maior atenção e investigação acadêmica em um tema teologicamente contemporâneo.
O
que é o cânone?
·
Instrumento
evangélico;
·
Escrituras
do Senhor;
·
Escrituras
sagradas;
·
Livro
que não andou na obscuridade, mas foram lidos com veneração e avidez por
multidões. Eles foram lidos não apenas pelos eruditos, mas também pelas
pessoas; não apenas em privado, mas constantemente nas assembleias públicas de Cristãos,
como aparece no testemunho explícitos, [5] de Justin
Mártir, Tertuliano, Eusébio, Cipriano e Agostinho.
O
que não são cânone?
·
Certamente
serão apócrifos porque contém manifestos contraditórios atestados.
·
Possui
doutrinas ou histórias claramente longe da verdade.
·
Há
menção de ritos e cerimônias, relativos ao batismo, jejum, celibato etc que
colidem ou são inexatos com o período dos apóstolos, discípulos e Jesus Cristo.
CONCLUSÃO.
A formação do cânone bíblico é algo que nos
alimenta, pois sustenta a nossa busca pela verdade e a sua defesa. As gerações
vindouras continuarão a busca a afirmação dessa verdade. Refletimos na história
que a vontade de Deus não contradiz aos fatos contados por homens que
inspirados e conduzidos escreveram valores para nossas vidas, e como não diferentes
outros homens também escreveram imbuídos por uma enganação buscaram seu próprio
louvor, que foram desfeitos nas contradições de suas letras e vidas que os
denunciaram.
Cremos na bíblia inerrante, a Palavra de Deus, nossa
única regra de fé e prática, ela tem a palavra de vida eterna para nós.
Não duvidamos disso!
Rondineli
da Silva Souza
A. Bentzen,
Introdução ao Antigo Testamento (São Paulo: ASTE, 1968. vol.1.).
Coimbra,
Humberto, O cânone Bíblico: Introdução à história da sua formação.
M.
Tenney, Nuestro Nuevo Testamento; Una
Perspectiva Historico Analitica (Chicag o: Editoral Moody, 1973.