Quando entendemos a definição de santidade do crente como a qualidade daquele que se separa dos costumes do mundo pagão, essa é uma verdade primordial, necessária e urgente. Pois, sem a santificação, ninguém verá a Deus. No entanto, somos chamados a uma responsabilidade como seres humanos e criaturas de Deus, desde Abrão, quando fomos convidados a levar o mundo a Deus (sê tu uma bênção). Isso significa que nosso estilo de vida deve impactar as pessoas ao nosso redor e refletir a perfeição de Deus, que, diante da demanda do mundo, sempre se compadeceu, mesmo sabendo que não somos merecedores. São suas misericórdias que nos mantêm, assim como Jesus que abriu os olhos dos cegos, curou os aleijados e deu pão aos famintos.
A santidade, portanto, pode ser entendida como uma habilidade sensitiva — a capacidade de nos tornarmos sensíveis às coisas da vida espiritual e material, ao divino e ao profano — que permite aos homens amar mais as pessoas, mesmo aquelas que estão afastadas da fé. Diante das demandas sociais, isso nos possibilita testemunhar nosso Deus por meio do conhecimento, proteção, preservação da natureza, educação, compaixão e muitas outras atividades. Assim, somos chamados, direta ou indiretamente, a crescer espiritualmente através, primeiro, de um relacionamento com Deus (amando-O acima de tudo e da nossa própria glória) e, segundo, por meio dessas atividades sociais no mundo (amando-os como a nós mesmos), com o objetivo final de desenvolver neles o conhecimento de Jesus Cristo.