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A interconexão que existe entre adoração, cultura, padrões musicais, gestos e linguagem


INTRODUÇÃO
A adoração é uma exigência universal, diz Jó 38:7 “quando as estrelas da manhã cantaram juntas e todos os seres celestiais gritaram de alegria” inclui cada ser humano na maior produção musical do cosmo e antecipa as linhas de Ap 5:13 quando diz “toda criatura no céu e na terra e debaixo da terra e no mar, e tudo o que está neles ” adoram ao Senhor.

Em tudo urge a criação a ordem e a beleza, tanto quanto sua mais multiforme obra que desperta todo tipo de manifestação dos santos, e alimenta o mais nobre dom de reconhecimento, à aquele que é perfeito em vontade e propósitos, Deus. Ainda que não há relato biblicamente nenhuma forma ou ritual de culto, nem antes e nem depois da queda, mas observado os elementos organizacionais que destilam e revelam a delícia de participar da comunhão na presença do adorado, que não só é objeto de adoração mais também se alegra e satisfaz ao verdadeiro momento de adoração feito por seus criados, que se elevam em felicidade e ultrapassa todo sentido egoísta, pessoal e pequeno, para elevar-se em honraria que transcende da autoridade recebida, ao realizar, cuidar, preservar e amar, no seu papel seja cultural, social e administrativo na terra.
A obediência ao padrão do criador revela quem o adorador adora, quando exerce o pleno conhecimento da santidade necessária e no abrir do coração em alimentar com verdade que refletiam uma adoração correta, como a confissão dos pecados, a comunhão com os irmãos, um pensamento livre de culpa e um louvor que sintetize esses processos de contínua mudança até a semelhança de Cristo.
PADRÕES CULTURAIS E MUSICAIS
A música é um presente de Deus a sua criação, que dentro da cultura torna um desafio à igreja, porque cantar não é uma opção para o povo de Deus; é essencial na igreja, diz Karl Barth. Apesar de que em diversas culturas temos cantos diferentes, a voz humana deve ser a prioridade no louvor, acima dos instrumentos, porque a congregação como todo, ou as pessoas como igreja, é o coro principal, é suspiro pelo cheiro das águas, que buscam ao seu adorado.
Há culturas diferentes pelo mundo afora, mas o culto é um só! Jesus Cristo não ensaiou nenhum estilo que visasse ser esse o elemento atrativo para levar seu nome ao mais longe dos homens, com diz Charles H. Spurgeon “ [...] Jesus se compadecia dos pecadores, preocupava-se e chorava por eles, mas nunca procurou diverti-los”. Mesmo em culturas tão exóticas, que são pressupostos da personalidade de cada grupo de pessoas, podemos entender que o culto tem como princípio regulador o encontro com um Deus superior, que responde fiel ao padrão da Sua própria palavra, alicerce daqueles que o reverência, longe das concepções e imaginações dignas de serem reprovadas em qualquer ambiente com um mínimo de autoridade, porque não é agradável ao anfitrião.
Visto que é louvável toda multiforme criação de Deus, fez a todos com sua excelência, dando a todos o poder criativo, porém ainda que utilizado na adoração, precisa obedecer às ordenanças divina, adotando sentimentos que renuncie sua impureza, gostos pessoais e inconvenientes gestos e linguagens que modifiquem e contraste com o padrão de adoração sincera e autêntica, que são limitadas pelo fogo estranho no altar. Reverbera que o Princípio Regulador de Culto (PRC), aceita somente o que a Bíblia legisla como aceito, enquanto que postulado do Princípio Normativo de Culto (PNC) corrobora que o ultimo é perigoso, sutil e omisso, haja vista a nossa inclinação emotiva, fruto de uma mente moralmente corrompida, que se engana com a facilidade que cada circunstancia admite e a adaptação exige, quando se trata de confortar o homem, que tem tendência explícita em criar atalhos que levem a Deus.
A ordem e decência necessária no mundo contemporâneo expõe todo tipo de gestos e linguagem, mas nenhuma arte pode sobrepor a corporatividade e a beleza congregacional do canto, que marca a unidade dos adoradores em meio a mais diversas identidades pessoal envolvida no ambiente de adoração; negros, brancos, pardos, índios, pobres, ricos, artesões, profissionais, especialistas e muitos – é um padrão do céu, porque a língua humana foi idealizada especificamente para expressar e proclamar o louvor a Deus com toda sua força, coração e alma.
ADORAÇÃO COM SANTIDADE
Seja qual for o nosso estilo musical que mais nos sentimos a vontade, o importante é termos uma adoração que engrandece a Deus, estando cheio do Espírito Santo, com expressão de louvor, sem modismo, e com ações de graça. Nessa expressão de adoração nossa santidade deve está exposta na comunicação que leva nossa alma a Deus e um sentimento que glorifique ao eterno. Calvino advertiu que “devemos ter muito cuidado para que nossos ouvidos não prestem mais atenção à melodia do que nossa mente para o significado espiritual das palavras (...)”.
CONCLUSÃO
Saibamos adorar. Seja os gestos e linguagem ou a cultura que estamos emergidos, a adoração não é e não deve ser confundido com a música e a mais diversas melodia, pois essas evocam emoções poderosas, o que nos distancia de um culto racional, tal seja essas interconexões, não sirvam para manipular e sim para evocar quando permitimos sermos os adoradores que o Pai procura.
Não duvidamos disso! 
REFERÊNCIA
Adoração Bíblica - 2017. 1. BÍBLICA ADORAÇÃO Misael Nascimento
Barth, Karl. Church Dogmatics , vol. IV, parte 3, capítulo 16, par. 72, nº 4.
SPURGEON, Charles H. Feeding Sheep or Amusing Goats (Alimentando Ovelhas ou Entretendo Bodes)


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