Comentário do V. PECADO, ORIGINAL E PESSOAL (artigo de fé da Igreja do Nazareno)
Fazendo uso para escrever sobre o V artigo de fé do manual da Igreja do Nazareno, a saber; Pecado, Original e Pessoal.
Na forma como nossa
assembleia decidiu, e por meio dela cremos conforme as mais claras em referências
(Pecado Original: Gênesis 3; 6:5; Jó 15:14; Salmo 51:5; Jeremias 17:9-10;
Marcos 7:21-23; Romanos 1:18-25; 5:12-14; 7:1—8:9; I Coríntios 3:1-4; Gálatas
5:16-25; I João 1:7-8 Pecado Pessoal: Mateus 22:36-40; (com I João 3:4); João
8:34-36; 16:8-9; Romanos 3:23; 6:15-23; 8:18-24; 14:23; I João 1:9—2:4;
3:7-10), passamos por essas linhas desenhar um quadro muito contemporâneo dos
efeitos do pecado na vida do homem e na sua relação com o próximo e si mesmo.
O homem foi construído para
ser simples e funcional. Deus nos deixa saber disso no relato da sua criação,
quando Ele assinala qual era o papel de Adão naquele lugar, que envolvia apenas
dois extremos básicos; trabalho e descanso. E no meio disso a verdadeira
adoração ao criador. Nesse relato do mandato divino tinha como básico e muito
simples ser frutífero e encher a terra (Genesis 1:28; 2:15), o que tornaria o
homem imitador de Deus, trabalhava enquanto não descansava, e descansava do seu
belo trabalho.
Mas no relato de Gênesis 3,
vimos as coisas da errada, o homem se perde entre os extremos e Adão foi
tentado a negar a adoração, perdendo o domínio sobre suas atitudes, que por sua
vez mostra a escravidão do homem. Primeiro o pecado faz o homem romper o
relacionamento com o criador supremo e se coloca sob maldição eterna, como
consequência uma vida pervertida de trabalho e lazer. Observe que o homem
mantém um dos extremos que é o trabalho, mas o meio pelo qual vivia que era a
adoração, é substituído por lazer e não há mais descanso.
Marcas profundas passam
acompanhar o homem durante sua jornada de vida:
·
“Maldita é a terra por causa de você”. (Gn
3:17);
·
“Com dor você comerá todos os dias da sua
vida; espinhos e cardos produzirão para você; e comereis as plantas do campo
”(Gn 3:17-18);
·
“Pelo
suor do seu rosto você comerá pão, até voltar ao chão, porque dele foi tirado;
porque tu és pó, e ao pó voltarás ”(Gn 3: 19).
O homem é preso na sua ingerência e futilidade de todos os dias que lhe causa frustações imensas, o que provoca um relacionamento frágil com o próximo e consigo mesmo, encabeçada pela desconfiança (a mulher que tu me deste me enganou), desacreditada nas pessoas (a serpente disse que não aconteceria nada), uma relação baseada nas dores que não foram criadas para participar da vida do homem, mas que maltrata seu interior, sua alma e consome sua mente.
Sentenciado a morte, ao homem
resta apenas mais um tempo com uma vida sem orientação, porque a vida perdeu
seu verdadeiro sentido sem Deus.
O pecado corrompe a criação; a
mulher era para ser ajudante do homem e o homem colaborador de Deus. A
consequência é que perdemos o prazer de ajudar uns aos outros; não faz sentido
sem Deus. A vida diz respeito tão somente a trabalhar para pagar o descanso do
fim de semana ou feriado, ou até mesmo no local de trabalho os homens parecem
flutuar no espaço, pois estão pensando bem na próxima festinha ou no filme que
lançaram no cinema. Não há Deus para esse homem!
A queda do homem produziu
maldições adjacentes fruto do próprio pecado que vai tomando conta do homem e
adicionalmente se enche de coisas que o distancia do caminho da adoração e do
descanso que é o nosso Senhor Jesus Cristo.
Em pleno século XXI a auto-realização
e auto-glória está no mais alto degrau da vida do homem, o que faz pensarmos na
sabedoria de Deus em ter dado ao homem o livre arbítrio, ao invés de apenas dificultar
o trabalho (Gn 3:17-19), mas tornar o sucesso um vazio.
Graças a Deus que para esse
veneno mortal, há um remédio, há um antídoto; O próprio Deus é o remédio
através do sangue de Jesus vertido na cruz, por essa razão também foi o
primeiro a pregar o evangelho, como diz Gênesis 3:15 “(...) o descendente dela; este lhe ferirá a
cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar".