Interessante à reflexão a respeito de Jesus Cristo,
por se tratar de um período que se não observado a luz da base bíblica e também
histórica, abre margem a inúmeras heresias e falácias que destorcem a verdade e
difama o puro propósito do seu nascimento, vida, ministério para com os homens
foco do seu intenso sacrifício. Os nefastos comentários hereges vão da sugestão
de uma vida depravada moralmente, a viagem a outros planetas e entre visitas e
residência no oriente.
A bíblia como fonte trás evidencia de sua
permanência durante a sua idade infantil até a maior idade na região de Nazaré.
Observamos em Lc 2:51 que aos 12 anos de idade após uma visita a Jerusalém,
regressava com seus pais “para Nazaré; e era-lhes submisso”, também em Lc 4:16
afirma que Jesus foi criado na cidade de Nazaré e Mc 1:19 diz que Jesus sai de
Nazaré para ser batizado por João Batista no rio Jordão. Poderíamos apontar
outras referencia bíblicas que colaboram com essa afirmativas a respeito do
local onde ele vivia (Mt 2:23; 26:71; Mc 1:24; 10:47; 16:6; Lc 4:34; 18:37;
24:19; Jo 1:45; 18:5, 7; 19:19; At 2:22; 3:6; 4:10; 6:14; 22:8; 26:9), e (At
24:5).
Se estivermos certos do local onde Jesus vivia,
logo podemos através dessa leitura dos evangelhos como primeira fonte, apontar
que ele cumpriu através dos seus pais os rituais da lei mosaica, sendo
circuncidado, teve uma infância robusta, ou seja, viveu um tempo normal como
qualquer outra criança, mas que despontava sabedoria diferenciada, porque a graça
de Deus estava com ele (Lc 2:52).
Durante sua
adolescência possuía a normalidade que a história conta a respeito da vida
cotidiana das cidades do primeiro século. Após passar pelo período infantil
robusto, teve a oportunidade de estudar aprendendo a ler e escrever em algum
momento desse período antes do ministério, como mostra em (Lc 4,16-17),
apontando para a literatura Judaica da época que era normal toda criança
judaica, por motivos religiosos necessitava aprender ler e a escrever. No
período de adolescência ele crescia fisicamente de maneira que já podia ajudar
a seu pai José na carpintaria, bem como na agricultura, o que seria normal para
aqueles tempos não haver exclusividade de trabalho único pelo tamanho da
própria cidade. Lucas deixa um registro interessante a respeito do seu comportamento,
quando diz que Jesus era um rapaz submisso (Lc 2:51), apontando para um exemplo
de permanência e aceitação respeitosa ao círculo familiar da sua época.
No evangelho de Lucas
2: 46 e Marcos 6:2 faz menção ao início da trajetória intelectual, espiritual e
messiânica de Jesus Cristo e mostram a continuidade do seu propósito quando
assentado entre os doutores da lei discutia com eles a respeito da lei de Deus
e apresenta-se como autoridade, como o filho do Homem. Pois certamente ele
aprendeu a orar ao Pai, cumprindo as instruções da sua época como “Shemá” (em
hebraico, “Escuta”) e “Shemoné Esre” (em hebraico, “Dezoito”).
Foi neste clima de
oração que Jesus cresceu e que o marcou profundamente seu tempo de vida que a
bíblia nos seus evangelhos traz poucas informações, pois conforme João 20:30-31
informa que os escritos não são
biografias exaustivas de Jesus, e sim boas novas com um conteúdo biográfico
restrito ao seu específico propósito salvífico.
Rondineli da Silva Souza